24 de fevereiro de 2011

Momento mãe

Está difícil estabelecer a rotina por aqui novamente. Desde que voltamos de viagem, os horários do Miguelzinho estão baguncados e ele tem exigido uma atenção bem maior que antes. Provavelmente por que no Brasil tinha sempre alguém paparicando a criaturinha. Ele já acordava com minha mãe em cima dele com mil mimos e sempre que queria brincar tinha a madrinha disponível. Sem falar que isso se repetiu em cada casa que visitamos. Agora ele quer que a mamãe esteja disponível nas 14 horas que ele passa acordado, o que na teoria é uma delicia, mas na prática é complicado, afinal existem outros afazeres gritando por mim o tempo todo.

Tenho dado o maior apoio possível e temos brincado muito. Também temos dado algumas voltas, nos dias que a neve deixa a gente sair de casa. A partir do dia 15 de marco ele recomeça na escolinha, depois de passar quase 5 meses fora. Com a mudança de cidade, tivemos que tirá-lo da outra e confesso que para mim foi um alivio. Apesar do carinho que as pessoas tinham com ele, notava que ele não estava feliz lá, pelo menos nos dois últimos meses. Ele se tornou mais agressivo e chorava cada vez que tinha que ir para a escola, dando sinais que não estava mais se adaptando.

Foi muito difícil encontrar um escolinha aqui nessa nova cidade. Geralmente as vagas são para setembro, quando começa o ano letivo, mas com a idade dele não dá para esperar mais 6 meses. Sem falar que a médica deixou bem claro que ele não fala ainda por que precisa ter contato com a língua alemã. Estamos ansiosos e sabemos que por mais difícil que seja no inicio, a escola só trará benefícios para todos nós. Mas, a verdade é que o coração da mamãe aqui, já está pequenininho em pensar nas dificuldades que ele vai ter que enfrentar. Quem disse que vida de mãe é fácil, né? Ah, quero falar um pouco do outro filhote, que já tem até nome, mas vou deixar para o próximo post, por que o Miguelzinho já está me chamando pra brincar de trem. ;)

21 de fevereiro de 2011

"Isso aquí ôô..é um pouquinho de Brasil iaiá..."

E ficou mais uma vez comprovado que o relógio passa acelerado quando estamos de férias e cercado de coisas e pessoas especiais. Mas, não dá pra reclamar, pois aproveitamos muito os 24 dias no Brasil e fizemos tudo (ou quase tudo) que tivemos vontade. Claro que sempre fica alguém que não visitamos, uma comida que não provamos, um lugar que não fomos, principalmente quando você não está mais tão acostumado com temperaturas beirando os 30° positivos, e soma a isso uma barriga pesada para carregar e uma pressão baixa de desanimar.


Férias no Brasil são sempre um misto de alegrias e decepcoes. Não sei se todo mundo que vive longe passa pelas mesmas coisas que nós, mas sempre levamos na mala milhões de expectativas e uma grande esperança que as coisas estejam melhores por lá. Infelizmente o que vimos é que apesar do crescimento e desenvolvimento dos últimos anos, a situação piorou em muitas áreas. O transito de BH é caótico e se locomover por lá exige um nível alto de paciência.

O custo de vida está altíssimo e não sei como as pessoas conseguem comer por lá. Ok, os salários subiram, mas vamos ser sinceros, não subiu para todo mundo. O desemprego diminuiu, há placas de "há vagas" espalhadas por toda a cidade, mas ainda tem muita gente na luta por um emprego e disputando um salário de 540 reais. E vale ressaltar que as pessoas andam muito estressadas por lá, tudo é motivo para partir para briga, até mesmo um simples comentário na fila do supermercado.


Sem falar na saúde, segurança e educação. Dá para acreditar que uma escola internacional em BH esteja beirando os 2.000, 00 reais? É demais para a minha cabeça e por isso volto de lá com a sensação que apesar dos pesares, viver na Alemanha seja nesse momento nossa melhor opção. Digo nesse momento por que tudo muda numa velocidade incrível e as prioridades de hoje podem ser outras amanha.

Agora falando de coisa muito boa... Que calor é aquele, minha gente? E quanta comida boa. E que gente calorosa. Aproveitei demais, tanto que voltei quase 3 quilos mais gorda. Curti colinho de mãe, estive grudadinha na minha irmã, fui super mimada pelo meu pai, matei a saudade do meu irmão, visitei parentes, revi amigos antigos, fiz novos amigos que ficarão para sempre comigo, fui à igreja várias vezes, sai sozinha com o marido.


Vi o Miguel se desenvolver ainda mais e se apegar muito às pessoas. Vi ele gargalhar na sua primeira vez no cinema, andando de carrinho na mini-pista de corrida do shopping, aproveitando o parque, andando de metrô, tomando banho de mangueira, correndo atrás de galinha, sujando o pé de terra vermelha. Vi o Bebeto se deliciar com sucos naturais e várias opcoes de salada, passar dia e noite se refrescando na rede e firmando o seu compromisso com Deus através do batismo.

Comi picanha ao molho madeira, feijão tropeiro, churrasco, mingau de milho, queijo minas, doce de leite, couve com angu, pastel frito, pão de queijo (vale dizer que esse foi durante todos os 24 dias) e tantas coisas que nem posso lembrar, senão a vontade volta e vontade de grávida é coisa muito perigosa para os maridos. E sabe o melhor da viagem? É que já voltei procurando passagem para ir de novo ainda esse ano. Agora acho melhor parar de escrever, afinal não dá pra resumir 24 dias num post só, não é?


P.S.: Antes que comecem as reclamacoes... Não tem foto de todo mundo. A gente saiu quase todos os dias sem a câmera, ou nos esquecemos de fotografar por querermos aproveitar muito. As melhores fotografias a gente trouxe dentro da gente, portanto se você não apareceu aqui não é nada pessoal.

19 de fevereiro de 2011

De volta!

Depois de quase um mês no Brasil, aterrisamos novamente na Alemanha. Uma mistura de sentimentos: alegria, saudade, ansiedade, mas principalmente agradecimento à Deus por termos chegado bem. Agora é colocar a vida em ordem, desfazer as malas, recuperar do cansaço, acostumar com o fuso horário e vencer o jet lag. Então, volto logo que puder para contar as novidades e me atualizar no mundo virtual.